segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A violência contra homossexuais e a suposta culpa do Cristianismo

Não me considero um especialista em Cristianismo. Apesar disso, vejo-me na condição de falar com certa propriedade a respeito da religião que moldou a cultura ocidental. Durante os primeiros 17 anos da minha vida dividi-me entre a profissão de fé católica (até os 11 anos) e a protestante (dos 12 os 17), mas precisamente como membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Nos 17 anos seguintes, ao me converter ao ateísmo, dediquei-me à “militância” contra qualquer ideia religiosa. Escrevo converter sem aspas por hoje compreender de outro modo como se dá a assunção de uma cosmovisão ateísta, sobre o que já falei em ensaios anteriores (disponível aqui e aqui). Escrevo militância, por sua vez, entre aspas, porque julgo que não cheguei a me tornar um missionário às avessas, preocupado em conquistar prosélitos para uma causa superior. No entanto, sempre que havia oportunidade para falar de religião, desferia toda minha condenação contra o fenômeno religioso, o qual seria responsável por todo atraso e violência existente no mundo. Meu anátema era mais contundente quando se referia ao Cristianismo, que teria sacrificado muitos homens da Ciência no altar da Inquisição (Nunca obtive um só exemplo disso, mas...). Esquecia-me, porém, em minha crítica à maior religião do planeta, que, para fazer uma análise mais honesta e científica desse objeto, deveria me apropriar do modo mesmo como o cristão enxerga o mundo. Ou seja, deveria compreender bem o que era de fato o Cristianismo, e não o que eu pensava que deveria ser ou julgava que fosse. Ora, quando criticava o Cristianismo, invariavelmente não o fazia a partir da minha experiência anterior como cristão, mas a partir de uma leitura do Cristianismo feita por seus críticos. Hoje compreendo isso.

É claro: o Cristianismo é criticável. Longe de mim dizer o contrário. Penso até que a maior crítica já feita a ele provém de Nietzsche. O filósofo alemão considerava-o uma religião de ressentidos, uma forma de platonismo que, negando os valores do presente em função de uma imaginária bem-aventurança no porvir, acabava conduzindo a humanidade a um tipo de niilismo. Apesar dessa crítica, a filosofia de Nietzsche era, essencialmente, niilista. De qualquer forma, quando Nietzsche criticava o Cristianismo, ele falava a partir de ideias verdadeiramente cristãs: a mensagem de dar a outra face, o deus que se deixa morrer na cruz, a crença na salvação da alma, a negação dos valores seculares em vista de valores superiores e celestiais, etc. Nietzsche criticou a essência mesma do Cristianismo e não o que lhe era periférico ou até mesmo falso. Talvez seja o caso de a crítica do autor de O Anticristo carecer de sustentação, mas ninguém poderá acusá-lo de ignorância sobre o assunto de que trata ou de desonestidade intelectual, uma vez que nunca precisou criar um espantalho cristão para facilitar sua crítica demolidora. Nietzsche conhecia o Cristianismo muito bem e de perto.

Mas quando escuto alguém alertar para o perigo que o discurso cristão representa para as minorias e oprimidos do mundo, creio que quem fala está tratando de qualquer coisa, menos do Cristianismo. Bem, vejamos: um amigo me fala que é a influência da religião cristã, com seus preconceitos contra os homossexuais, a responsável pela violência praticada contra essa minoria. Nesse caso, houvesse um mundo em que as pessoas pudessem estar salvaguardadas de tal influência nefasta, possivelmente não haveria agressões sistemáticas a homossexuais. Seria possível isso? Estou disposto a enveredar por essa hipótese. Então, vamos lá:

Suponho que meu amigo não queria se referir a um mundo em que o Cristianismo fosse simplesmente eliminado. Evidentemente, sem a hegemonia cristã, o espaço vazio seria ocupado imediatamente pelo Islamismo, a segunda maior religião mundial. Mas, apesar das campanhas de tolerância ao Islã hoje em curso no Ocidente, as quais tentam construir a ideia de que se trata de uma religião de paz (o terrorismo seria obra de uma minoria extremista), todos sabemos o que acontece com os homossexuais nas terras dos aiatolás. Para os desinformados, julgo que é suficiente registrar que na Arábia Saudita, no Sudão e na Somália, por exemplo, a homossexualidade é punida com pena de morte. É claro que sempre se poderia imaginar a hegemonia de outra religião, com um discurso menos opressor, mas, suponho, não era isso a que meu amigo se referia, mas a um mundo sem o Cristianismo ou qualquer outra religião, tal como imaginava John Lennon. Para não perdermos tempo com ficções, analisarei essa proposta à luz de fatos reais e históricos.

Serei direto: a história do Comunismo desmente a tese segundo a qual há uma relação necessária entre uma sociedade sem religião e um mundo mais harmônico e igualitário. O Comunismo é essencialmente ateu e se sustenta em uma concepção materialista da história humana: o motor que a conduz é a luta de classes. Nesse contexto, não há espaço para a transcendência. Foi justamente esse aspecto que Karl Marx ignorou em Hegel, adotando apenas sua dialética. Um mundo mais justo e igualitário deve ser conquistado pelos oprimidos a partir de uma revolução, isto é, sem qualquer intervenção divina. A construção do paraíso na Terra prescinde de Deus. Dessa forma, a religião acaba se revelando como fator de alienação (o “ópio do povo”), sendo, por essa razão, contra-revolucionária, daí ter que ser combatida. Onde o Comunismo imperou, foi justamente isso o que aconteceu. E quanto aos homossexuais? O que aconteceu com essa minoria nos países comunistas? Foram incluídos nessa sociedade ideal em que o leão pasta alegremente ao lado do cordeiro? Absolutamente! Em vez disso, foram duramente perseguidos, presos, submetidos a trabalhos forçados, onde encontraram, na maioria das vezes, a morte. Mas como explicar isso? Ora, com o Stalinismo, a homossexualidade passou a ser entendida como contra-revolucionária e “uma manifestação da decadência da burguesia”. Leia-se o que se acha escrito na Grande Enciclopedia Soviética, editada pelo governo soviético:

“A origem do homossexualismo é ligada às circunstâncias sociais quotidianas, para a grande maioria das pessoas que se dedicam ao homossexualismo, tais perversões se interrompem tão logo que a pessoa se encontre em um ambiente social favorável (…) Na sociedade soviética, com os seus costumes sadios, o homossexualismo é visto como uma perversão sexual e é considerado vergonhoso e criminal. A legislação penal soviética considera o homossexualismo punível, com a exceção daqueles casos nos quais o mesmo seja manifestação de uma profunda desordem psíquica.”

Durante o governo revolucionário de Stálin, a homossexualidade só não era punível em se tratando de casos patológicos.  É interessante saber que muitos artigos contra a homossexualidade foram inseridos em todos os códigos penais das Repúblicas Soviéticas! Ou seja: ainda sem a influência do Cristianismo ou de qualquer outra religião, poderíamos ter do mesmo modo a violência contra os homossexuais se manifestando na sociedade e de forma sistemática. Mas talvez isso ainda não seja suficiente para convencer o meu amigo. Ele talvez raciocine que o Comunismo funcionava, de certa forma, como uma religião de estado e, por essa razão, meu exemplo seria ilegítimo. Talvez seja o caso de eu imaginar um mundo em que todos sejam educados pelos mais belos princípios humanistas. Tentarei enveredar, então, por esse mundo utópico.

Sim, não posso me furtar ao direito de afirmar que tal mundo é utópico, uma vez que nenhuma civilização humana jamais se estabeleceu sem o alicerce de uma religião. Mas não custa nada fazer um esforço para tentar entender o raciocínio aqui. Um mundo só com princípios humanistas. Ok. Remeto-me imediatamente a Jean Jacques Rousseau. O filósofo da era da razão, odiado por tantos que o conheceram pessoalmente, de certa forma recupera a auto-estima do ser humano ao enunciar que todo homem nasce bom, sendo em seguida corrompido pela sociedade, invertendo a mensagem cristã do pecado original, segundo a qual nascemos com uma natureza fundamentalmente má. Parece-me que Rousseau, nesse caso, acreditava na tese do meu amigo. Ora, segundo ele, não fosse a influência nefasta da sociedade, o homem revelaria toda sua bonomia. No entanto, pelo que se sabe, nem Rousseau escapou de tanta corrupção. Sua bondade se manifestou em seu gesto de dar todos os cinco filhos que tivera com uma amante para a adoção alguns anos antes de escrever um livro em que ensina como se deve educar as crianças.  Um comunista, parodiando Rousseau, dirá: não fosse o capitalismo, viveríamos em um mundo mais justo e igualitário. Tudo o que o Comunismo fez, no entanto, foi criar uma igualdade tal qual Orwell descreve em sua Revolução dos bichos: todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros. Continuando a parodiar Rousseau, não fosse o Cristianismo, então teríamos um mundo em que homossexuais e demais minorias não seriam vítimas da opressão. É isso que você defende, meu amigo? Não creio que se sustente a tese de Rousseau. A História nos concede inúmeros exemplos da nossa maldade essencial. Da propensão do ser humano para o erro e o vício. Essa é a regra geral. Mas voltarei a esse ponto. Antes, porém, desejo discutir outra coisa: será mesmo que o Cristianismo justifica a violência contra homossexuais? Tal mensagem de ódio está contida nos evangelhos?

Iniciei este texto ponderando que era preciso analisar o Cristianismo a partir do próprio Cristianismo e não a partir da visão de seus críticos. Achei necessário repetir isso agora. Meu amigo cita passagens bíblicas em que se ordena que homossexuais sejam mortos. Não me interessa, neste momento, proceder com uma exegese de tais passagens do texto bíblico para demonstrar que sua interpretação é equivocada. Nem sequer fui conferir se tais passagens existem do modo como foram evocadas. Deixo isso para os apologistas cristãos. O problema, para mim, é de ordem mais grave. O equívoco do meu amigo é criticar o Cristianismo a partir do que ele julga que seria coerente o cristão defender, não a partir do que este de fato defende. Bem, se há uma passagem do livro sagrado do Cristianismo que ordena o assassinato de homossexuais, então parece razoável concluir que é isso exatamente o que cristãos defendem. Sério? É isso que o evangélico ouve no culto e na escola dominical? É isso que o católico aprende na missa ou quando se prepara para a primeira comunhão? Nos 17 anos em que professei a religião cristã jamais tive conhecimento de qualquer discurso no qual pudesse haver, mesmo nas entrelinhas, qualquer animosidade contra os homossexuais. Ainda que em certos casos a homossexualidade seja motivo de escândalo entre os cristãos, como muitas outras coisas evidentemente são, não há, dentro do Cristianismo, a ideia de que o cristão deve punir o pecador em virtude de seu pecado. Tal ação cabe somente a Deus. O escândalo do cristão deve-se, segundo a Bíblia, à sua debilidade espiritual. Quando Jesus andava e comia com pecadores era motivo de escândalo entre os primeiros cristãos, que também eram pecadores, mas tinham de ser lembrados disso de vez em quando. Uma das faces do evangelho cristão é anunciar que nenhum ser humano presta. Entender isso é o primeiro passo para alcançar o Paraíso.

Presumo que o cristão tem suas razões para não levar para a vida prática o que se acha escrito sobre os homossexuais no Antigo Testamento. Não se trata de um Cristianismo self-service, como meu amigo parece pensar. Não é o caso de o cristão escolher na Bíblia apenas o que lhe convém defender. Existe, na verdade, todo um conhecimento teológico historicamente construído que orienta essa leitura. Acontece que poucos são os críticos com paciência e interesse suficientes para mergulhar nesse universo. E, como não o fazem, acabam por falar sobre o que desconhecem completamente. Por puro preconceito, supõem que não pode haver qualquer razoabilidade nessas explicações, daí não se prestarem a ouvir o que um estudioso das escrituras hebraicas e gregas poderia ensinar a um leigo a respeito de certas leis do Antigo Testamento. Existe, por exemplo, uma corrente denominada Dispensacionismo, que aponta as diversas formas como o plano de Deus se manifestou através dos séculos. Segundo essa corrente, entender que vivemos sob uma determinada Dispensação é o caminho para uma leitura adequada de um texto escrito sob outra. O Dispensacionismo concorre com outras correntes interpretativas, sobre as quais não me proponho a discorrer aqui. Os adventistas, por exemplo, têm sua própria linha de interpretação, segundo a qual se distinguem na Bíblia leis civis, cerimoniais e morais. As leis morais, escritas pelo próprio dedo de Deus e entregues a Moisés em tábuas de pedra seriam as únicas de caráter permanente. As demais existiram em certas circunstâncias e para cumprir determinados propósitos. Concedo ao meu amigo que ache despropositadas todas essas leituras e identifique nelas uma tentativa de se acomodar o texto bíblico a um tempo em que preconceitos no geral são vistos como ignorância e atraso. Nesse caso, segundo a Bíblia, o homossexual deveria mesmo ser morto, apesar de o cristão não assumir esse discurso e, para não assumi-lo, utilizar-se de contorcionismos interpretativos. Só não concedo ao meu amigo que afirme que o Cristianismo ensina isso efetivamente ou que dele se possa deduzir tal conclusão. O Cristianismo pode ter seu próprio discurso, independentemente de seus acólitos procederem ou não com uma interpretação fiel do texto bíblico, a qual o meu amigo parece perseguir com peserverança.

É curioso para mim que a compaixão cristã, tão condenada por Nietzsche, seja um aspecto negado por quem identifica no Cristianismo uma mensagem de ódio contra os homossexuais.

Mas, apesar de não existir uma mensagem de ódio contra os homossexuais no Cristianismo, ainda se debita na sua conta a violência de que esse grupo é vítima no país. Um homossexual é espancado? É morto? A culpa deve ser da condenação cristã à homossexualidade, inoculada na mente de todos nascidos sob a influência nefasta dessa religião: quase a totalidade dos brasileiros. Como assim? Uma pessoa agride fisicamente outra, chega a matá-la, pelo simples fato de ser homossexual e a culpa é do Cristianismo? Pobre do agressor, que não teve oportunidade de ter uma educação humanista higienizada da sujeirada cristã! Caso contrário, jamais teria cometido tal ato. A primeira vítima, no caso, deve ser ele, o agressor, e não o homossexual, o agredido. Este também, enquanto vítima, deve ser incluído na contabilidade dos pecados do Cristianismo. Mas, amigo, não se vê aqui o que você denunciou como Cristianismo self-service? Se o Cristianismo defende que a homossexualidade é algo abominável aos olhos de Deus, não defende esse mesmo Cristianismo a amar até mesmo os inimigos? Não ensina a oferecer a outra face? Não ensina a ter compaixão com os pecadores? Como alguém poderia partir para a agressão física justificado pelo Cristianismo?

Sabe qual é o problema? Vivemos sob uma cultura da vitimização, ancorada na ideia equivocada e ingênua de Rousseau (Prometi que voltaria a ele.), de onde também bebeu Marx. Tirando todas as influências da cultura, da religião, do capitalismo, dos videogames, da televisão, etc., o homem será bom, reencontrando-se o seu estado de natureza. Alguém roubou, matou, sequestrou? É culpa do Capitalismo. Alguém abriu fogo em um cinema? A culpa deve ser dos malditos videogames. Alguém espancou e torturou um homossexual? A culpa certamente é do Cristianismo. Sem revelar uma relação necessária entre causa e efeito, proferem-se discursos contundentes contra a religião cristã, demonizando-a, criando uma atmosfera de preconceito contra quem a professe. As consequências desse discurso já podem ser percebidas, mas sobre isso falarei em outro texto.

Há algo que não compreendo e sobre isso já falei muitas vezes. O crítico materialista na sua sanha antirreligiosa parece não se dar conta da enorme confusão em que se meteu. Ora, pois, sob que bases morais ele se propõe a defender o direito de minorias como os homossexuais? Ao fazer tal defesa, ele está defendendo certa moral, mas se for o caso de tudo se resumir à matéria, então não há escapatória: recairemos inevitavelmente em um subjetivismo ético. E, se não há uma verdade moral válida para todos, por que o homossexual deveria ser respeitado? Por que deveríamos condenar seu agressor? Não vejo o que se possa dizer a respeito que seja razoável, mas estou disposto a ouvir as explicações de quem se propuser a fornecê-las. Para o cristão a coisa é mais simples: agir com bondade e compaixão com o pecador é um imperativo categórico. Deus é um ser moral e é à luz disso que o ser humano descobre a moralidade. Algo é bom porque espelha a natureza de Deus. E Deus é bom. Portanto, o Cristianismo apresenta uma base moral sólida a partir da qual o homossexual pode ser defendido de qualquer tipo de violência. O materialismo não pode fornecer isso.

A violência contra os homossexuais pode ser melhor compreendida no contexto do relativismo moral que impera em nossos dias. Quando se fala da degradação moral característica de nosso tempo não se deve entender que o homem moderno se entregou mais ao vício do que o homem da Idade Média ou Antiga. Pode até ser que sim, mas há bastantes controvérsias a respeito. Prefiro não me arriscar. O fato é que o homem é propenso ao vício desde o começo dos tempos e isso não deve mudar até, pelo menos, a volta de Cristo, caso os cristãos tenham razão em sua escatologia. A degradação moral consiste efetivamente na perda gradativa de uma consciência moral. A questão não é errar, mas não reconhecer mais o erro. É esquecer mesmo a ideia de erro. É negar que tal palavra seja constituída de significado. E, quando isso ocorre, qualquer coisa serve como justificativa para qualquer comportamento moral. Até mesmo agredir e matar homossexuais.


16 comentários:

  1. Você disse tudo que necessário compreender com maestria e autoridade intelectual.

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  2. Caro Sérgio:

    Sou ex-ateu e cristão convertido (evangélico) há muitos anos. Como neurocientista, biólogo e psicanalista, tive todas as ferramentas que me tornaram um crítico mordaz do Cristianismo, que eu, simplesmente, detestava. No entanto, o poder de Deus é muito maior do que tudo isso e, em Sua graça e misericórdia, a despeito das contradições das religiões e dos religiosos, Ele me resgatou das trevas para a luz, e o véu que cobria meu entendimento, no tempo certo, foi rasgado.

    Convertido, aprendi a dosar o entendimento dos fatos, conseguindo sorver da pessoa de Jesus (e Sua missão, obra, ensinos e Verdade transformadora), autor único do verdadeiro Cristianismo e da verdadeira ekklesia ("igreja"), e separar isso dos erros humanos, alguns dos quais são trazidos para dentro do Cristianismo e confundidos - como você tão brilhantemente expôs - com o Cristianismo em si, a partir de interpretações incongruentes por parte de pessoas que não entendem nem desejam entender aquilo sobre o que ousam opinar.

    Escrevi para parabenizá-lo pelo seu texto. Há tempos não leio algo tão coerente. Considerei-o irretocável. Deus o abençoe. E que, em seu coração, a Verdade única e absoluta do Caminho o preencha do Amor pleno, perfeito e incondicional que conduz à vida eterna em Cristo Jesus.

    Nos vemos por lá...

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    1. Agradeço sua generosidade com este ensaísta. Sou também um ex-ateu, porém não convertido ao Cristianismo, apesar de nutrir simpatia pela religião de Jesus de Nazaré. Sou alguém que, persistindo em uma investigação racional, chegou à conclusão de que Deus existe, mas que não conseguiu avançar muito além disso. Quem sabe não chego a conhecer mais sobre esse Deus? Estou aberto para isso.

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    2. Depois de 17 anos de educação cristã, eu fui ateia por 3 anos, sendo que em dois deles, estive cursando a faculdade de Ciências Biológicas da USP. Converti-me em Janeiro de 2013, com 19 anos, a partir da razão, de leitura e estudos. Sim, a fé é o passo além da razão, que a complementa, ou seja, Deus nos deu inteligência para o conhecer, ele quer que o conheçamos pela própria razão e lógica. Ele é perfeito, não é contraditório.

      Sou católica pois não posso mais fingir que não sei o que sei, só para levar uma vida "acomodada e confortável"; sou católica pois Cristo realmente existiu, Ele realmente é Deus e realmente ressuscitou, sendo verdade toda palavra que saiu de sua boca humana.

      Senti-me um verme preguiçoso ridículo quando me dei conta da quantidade de conhecimento disponível a todos sobre a verdade de Deus que ele mesmo quis revelar, e eu, como uma criança teimosa, tomava como verdade meu subjetivismo tosco. Cristianismo não é crença; Já passou dessa fase desde os profetas que previram com exatidão escandalosa tudo o que iria vir, milênios antes do nascimento de Cristo; à luz de tudo o que Cristo viveu, de todos os estudos feitos a respeito dos milagres, das vidas dos santos, da doutrina católica, dos ramos da Teologia e da filosofia (Tomista, principalmente), não é possível uma pessoa bem-disposta e bem-intencionada continuar em sua inércia de escolher a ignorância.

      Tudo é interligado, e tudo é logicamente sensato. Não há contradição na religião católica, e isso me espantou. Só descobri isto, porém, quando sentei a bunda na cadeira (por falta de melhor expressão) e, com sinceridade, quis descobrir a verdade (coisa que eu, nem de longe, estava antes procurando). As vertentes protestantes, porém, infelizmente preferiram o self-service religioso, separando-se da verdadeira Igreja de Cristo, há tempos. Tudo o que vem de "cristianismo" depois de cismas (Lutero, Calvino, Henrique VIII), já são partes de um todo, que fora do todo realmente não fazem sentido.

      Não faz sentido conhecer a verdadeira religião sem mudar de vida, e é por isso que muitos preferem o comodismo. Não faz sentido conhecer a Deus sem querer, por consequência disso, ser santo. Estarei em oração por você, Sérgio. Um abraço.

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    3. Elora, acredito em Deus e na possibilidade dos milagres. A vida é o maior deles. Viver é um mistério. Há certas coisas que descobrimos ao seu tempo. Não aderi a nenhuma religião, mas acredito na revelação natural. Para acreditar em Deus, não é necessário ter fé. O contrário, talvez. Estou no tempo, como você diz, da "bunda na cadeira". Não sei o que o futuro me reserva. No entanto, estou disposto a descobrir a verdade e a denunciar o erro e o engano. Obrigado por orar por mim. Continuo um tanto cético, mas quando alguém diz que vai orar por mim, passo a ter esperanças na humanidade. Tenho medo de que haja um tempo em que ninguém mais faça orações. Obrigado pelo comentário. Fique com Deus. Um grande abraço.

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  3. Parabéns Sérgio. Excelente texto. Gostei mesmo. Continue assim. Precisamos de pensadores e escritores como você. Deus bendiga você e cada dia aperfeiçoe este seu talento.

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  4. Excelente texto, muito bom. Não se prendendo a uma linha ideológica, adentrou o pensamento de diferentes correntes e presentou o leitou com uma riquíssima análise.

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  5. Claro que a Biblia não é contra os homossexuais, até porque Davi e Jonatas o eram.

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    1. Há quem defenda isso. Não tenho conhecimento suficiente para opinar a respeito. Concedo aos cristãos a prerrogativa de refutar essa sua provocação. Um abraço.

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  6. Impecável. Simplesmente, impecável.

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    1. Obrigado, amigo, pela generosidade. Ajude a divulgá-lo. Compartilhe nas redes sociais.

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  7. Ótimo texto. Parabéns. Fiquei encantada pela leitura ^^

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    1. Obrigado, Vanessa, pela generosidade. Ajude a divulgá-lo. Compartilhe nas redes sociais.

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